O Dia Mundial da Imunização, celebrado em 9 de junho, data que também integra o calendário nacional de saúde, é um marco para reforçar a importância das vacinas como uma das principais estratégias de proteção à saúde pública.
Instituída para conscientizar sobre os impactos da imunização na prevenção de doenças graves e mortes, a data também convida à reflexão sobre os desafios atuais enfrentados no Brasil e no mundo.
A vacinação, principalmente contra a gripe, está sendo oferecida em diversos pontos estratégicos, como shoppings, igrejas, supermercados, eventos e locais com grande circulação de pessoas, além das unidades de saúde. No entanto, os índices de cobertura vacinal ainda estão distantes da meta preconizada pelo Ministério da Saúde, que é de acima de 90% para a maioria dos imunizantes.
Conforme dados atualizados até 3 de junho de 2025, apenas 46,04% do público-alvo foi vacinado contra a Influenza, mesmo após a decisão municipal de antecipar a campanha, iniciada em 27 de março — dez dias antes da data nacional (7 de abril) — e posteriormente ampliada para toda a população a partir de 27 de abril, em razão da situação de emergência sanitária causada pelo aumento de doenças respiratórias.
A secretária municipal de Saúde, Rosana Leite, chama atenção para os riscos da baixa adesão. “A vacina contra a influenza é segura, eficaz e previne formas graves da doença. Neste ano, já tivemos mais óbitos por influenza do que em todo o ano passado, o que é preocupante. Estamos enfrentando um vírus mais virulento, mas cada um pode fazer a sua parte: vacinar, usar máscaras em caso de sintomas, manter as mãos limpas e manter os ambientes ventilados”.
Acesso ampliado à vacinação
Em Campo Grande, todas as 74 Unidades de Saúde da Família (USFs) oferecem vacinação de segunda a sexta-feira. Algumas unidades funcionam com horário estendido até as 23h, com vacinação até 22h30, como as USFs:
Além disso, a Sesau tem promovido ações de vacinação também aos finais de semana. Nos dias 7 e 8 de junho, por exemplo, 714 doses foram aplicadas em pontos como:
Os dados mais recentes de 2024, ainda em processo de consolidação pelo Ministério da Saúde, apontam um cenário positivo para algumas vacinas. Abaixo, as coberturas registradas até o momento:
Vacina Cobertura 2024
Embora algumas vacinas, como a tríplice viral, já apresentem coberturas próximas da meta, outras ainda precisam de reforço — especialmente as que previnem doenças respiratórias e afetam diretamente crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas.
Desinformação e hesitação vacinal
Apesar do histórico de sucesso do Programa Nacional de Imunizações (PNI) — que completou 52 anos em 2025 — e da gratuidade das vacinas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil enfrenta um crescente movimento antivacina. Alimentado pela desinformação, esse comportamento tem comprometido a proteção coletiva e contribuído para o retorno de doenças erradicadas, como sarampo e poliomielite no país.
A secretária Rosana Leite alerta. “Apesar de que, há 52 anos, o Brasil tem o nosso Plano Nacional de Imunização, ou seja, as vacinas são gratuitas para a nossa população — diferente de outros países — nós observamos que há uma certa resistência à vacina, principalmente agora à vacina da influenza. Por isso, nós precisamos que a população procure uma unidade de saúde ou um ponto de vacinação e se proteja”.
Vacinas disponíveis pelo SUS
O SUS disponibiliza mais de 20 vacinas ao longo da vida, com proteção contra diversas doenças: