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CPI terá dois meses para fazer devassa nas finanças do Consórcio Guaicurus

CPI na Câmara levantou suspeita sobre relatório pago pelos empresários

03/07/2025 às 08h11
Por: Redação
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Foto: Reprodução
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Perícia contábil contratada pela CPI que investiga irregularidades no Consórcio Guaicurus terá dois meses para fazer uma devassa nas finanças da concessionária detentora de contrato de R$ 3,4 bilhões para explorar o transporte coletivo de Campo Grande.

Conforme publicado no Diário Oficial do Legislativo, o extrato do contrato com a Platinum Contabilidade e Gestão Ltda. (CNPJ 49.946.173/0001-96) tem vigência de dois meses, começando os trabalhos a partir do dia 1º de julho e terá vigência até 1º de setembro.

O prazo é considerado curto, uma vez que será necessário analisar toda documentação enviada pelo Consórcio ao grupo de vereadores que apura questões como frota sucateada e equilíbrio econômico do contrato.

Para se ter uma ideia, a perícia contratada por R$ 272 mil pelos empresários do ônibus, levou mais de seis meses para fazer o relatório sobre o período de 2012 a 2024.

No entanto, não foi informado o período de análise da auditoria da Câmara. A empresa de contabilidade foi contratada pelo valor de R$ 55 mil.

Auditoria própria para contrapor perícias contraditórias

Assim, o presidente da comissão, vereador Lívio Leite (União), explicou o trabalho da assessoria: “A ideia é que tenhamos um parecer contábil, tendo em vista duas posições contrárias nas perícias”.

As perícias citadas pelo vereador constam em ação judicial movida pelo Consórcio Guaicurus, que tenta pedir mais dinheiro público, alegando desequilíbrio econômico-financeiro no contrato de concessão de R$ 3,4 bilhões para explorar o transporte coletivo.

A primeira mostrou que os empresários do ônibus tiveram lucro líquido de R$ 68 milhões nos primeiros anos de contrato — período anterior do início do processo. Além disso, ressaltou o descumprimento contratual por parte do Consórcio Guaicurus em manter a frota sucateada.

Por fim, concluiu não haver desequilíbrio.

Inconformados, os empresários do ônibus tiraram R$ 272 mil do próprio bolso para bancar um novo laudo. Este, por sua vez, mostrou uma realidade totalmente diferente, como se fosse análise de uma outra empresa.

Para a Ibec, apesar de, até o ano de 2024, haver lucro líquido que supera os R$ 27 milhões, há necessidade de compensação de R$ 377 milhões ao Consórcio Guaicurus.

Com informações do Jornal Midiamax

 

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