Pesquisa Datafolha divulgada neste sábado, 14, mostra que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), aparece pela primeira vez numericamente à frente do presidente Lula (PT) em um cenário de segundo turno para a eleição presidencial de 2026.
Em abril, segundo o levantamento, o petista vencia com 48% dos votos contra 39%, mas agora os dois estão tecnicamente empatados, com Tarcísio numericamente à frente por 43% a 42%.
A diferença está dentro da margem de erro, mas marca um avanço do governador, enquanto Lula vê encolher sua vantagem sobre a direita.
No primeiro turno, Lula mantém a liderança, variando de 36% a 38% conforme os cenários simulados. A aprovação ao petista, porém, caiu para 28%. O presidente aparece isolado à esquerda, o que contribui para sua performance inicial, já que seus adversários estão fragmentados.
Em simulações contra outros nomes ligados ao bolsonarismo, Lula ainda vence, mas por margens menores do que antes.
Contra Michelle Bolsonaro, o petista tem 46%, ante 42% da ex-primeira-dama — uma queda de quatro pontos na vantagem registrada em abril. Contra Flávio e Eduardo Bolsonaro, Lula vence por 47% a 38% e 46% a 38%, respectivamente.
A única simulação sem Lula, com Fernando Haddad (PT) como candidato, mostra o ministro da Fazenda derrotado por Bolsonaro por 45% a 40%, revertendo o placar anterior, que dava vitória ao petista.
Os números indicam que, embora Lula ainda lidere no primeiro turno, há um desgaste que o aproxima da derrota em um segundo turno.
O Datafolha ouviu 2.004 eleitores em 136 cidades entre os dias 11 e 12 de junho. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Em maio, uma pesquisa da Latam Pulse registrou o crescimento da reprovação do governo Lula.
A queda na avaliação da gestão ocorreu em meio à revelação do escândalo nacional sobre de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Segundo o levantamento, houve um salto de 47% para 60% no índice de percepção de corrupção, sendo considerado o maior problema do Brasil na avaliação dos entrevistados.
O nível de desconfiança é tão grande entre os brasileiros que, para 57% dos entrevistados, é muito provável que o Brasil “enfrente novas revelações sobre grandes fraudes ou esquemas de corrupção”. Apenas 10% acreditam ser “nada provável”.