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Acadêmicas de medicina denunciam importunação sexual durante prova em casa de professora

Aos policiais, as acadêmicas contaram ainda que souberam que tal professora já havia sido proibida de aplicar avaliações em sua residência

10/06/2025 às 08h31
Por: Redação
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Acadêmicas procuraram a Polícia Civil e denunciaram o caso - Foto: Leandro Holsbach
Acadêmicas procuraram a Polícia Civil e denunciaram o caso - Foto: Leandro Holsbach

Quatro acadêmicas do segundo semestre do curso de Medicina da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) de 19, 20, 21 e 25 anos, procuraram a PC (Polícia Civil) para denunciar caso de importunação sexual durante realização de prova na casa de uma professora localizada no Bairro Portal, em Dourados.

Conforme consta no boletim de ocorrência obtido pelo site Dourados Informa, as alunas foram informadas pela professora que a prova da disciplina de neuro anatomia seria aplicada na residência dela. Então, em data e horário marcados, as jovens foram até o local e inicialmente foram recebidas por um idoso vestindo apenas cueca.

Em seguida, a professora apareceu na porta, se decupou e pediu para as alunas entrarem. Enquanto aguardavam a chegada de mais um acadêmico na sala, rapaz com idade entre 25 e 30 anos, chegou pelas costas das vítimas e passou a abraçar e beijar cada uma delas, inclusive, segundo consta no registro policial, conseguindo beijar a boca de uma das garotas.

O detalhe é que o fato teria ocorrido na presença da professora que não o impediu. Uma das acadêmicas, para se desvencilhar, disse que tinha namorado, e o jovem continuou com afirmações como: “quanta mulher bonita, quero tirar foto com elas”.

A professora, que é mãe dele, pediu desculpas e disse para outra pessoa da casa tirar o filho, alegando que ele tem TEA (Transtorno do Espectro Autista).

Mesmo abaladas, a prova foi realizada e ao término, a professora que também atua como médica psiquiatra em Dourados, disse que quem não gostou da nota, deveria estudar e retornar.

Aos policiais, as acadêmicas contaram ainda que souberam que tal professora já havia sido proibida de aplicar avaliações em sua residência, entretanto, não questionaram, pois além dela ser autoritária, todas precisavam de nota, porém.

Por fim, as comunicantes relataram que ficaram completamente abaladas emocionalmente e constrangidas com toda situação sofrida desde o recebimento delas no local, entretanto, não souberam como se manifestarem justamente por estarem na casa e na presença de uma professora do curso de Medicina.

A reportagem do site Dourados Informa entrou em contato com a assessoria da Universidade Federal da Grande Dourados, mas até a publicação desta matéria, não houve retorno.

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