Mulher de 59 anos que teve o corpo queimado no Pantanal sul-mato-grossense não resitiu e morreu na noite de sexta-feira (6/6), na Santa Casa de Campo Grande, onde estava internada desde a tarde do mesmo dia.
Eliana Guanes trabalhava como faxineira em uma fazenda da região da Nhecolândia, quando teve o corpo queimado após o capataz da fazenda, Lourenço Xavier, de 54 anos, jogar gasolina sobre ela e atear fogo.
De acordo com o Diário Corumbaense, Eliana sofreu queimaduras de 2° e 3° graus e teve 90% da superfície corporal atingidas.
Equipes do Grupamento de Operações Aéreas e Unidade de Resgate e Suporte Avançado do Corpo de Bombeiros Militar de Campo Grande, realizaram o transporte da vítima em um avião, mas ela chegou à Santa Casa da Capital às 23h14 sem sinais vitais, tendo a morte confirmada às 23h30.
O suspeito foi preso em flagrante horas após o crime.
Em entrevista ao Diário Corumbaense, o delegado responsável pela investigação, Fillipe Araújo Izidio Pereira, disse que o caso é tratado como feminicídio.
"Algumas informações iniciais e áudios que tivemos acesso dão conta de que ele teria proposto um relacionamento à vítima, mas ela disse não. Ele não aceitou e, por esse motivo, ateou fogo nela. Por esse menosprezo ao gênero da mulher, à condição de mulher, o crime se enquadra como feminicídio sim, apesar de não haver relação íntima ou familiar entre eles", explicou o delegado ao jornal local.