Após nove meses de investigação, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul prendeu três pessoas suspeitas de integrarem um esquema criminoso especializado na produção de placas veiculares falsas.
A operação foi conduzida pelas delegacias especializadas de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (Defurv) e de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras).
Ao todo, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e quatro de prisão preventiva em Campo Grande (MS) e Balneário Camboriú (SC). Um dos presos é o proprietário da empresa de estampagem de placas investigada, conveniada ao Detran-MS, que apresentava indícios de fabricar placas sem autorização.
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia encontrou três veículos adulterados na sede da empresa. Em outra residência, vinculada a um dos alvos, foi localizado um veículo com placa falsa e cerca de 300 quilos de maconha.
Na maioria das vezes, quem encomendava essas placas, eram as próprias pessoas que furtavam ou roubavam os veículos, sendo motos ou carros. "Entravam em contato para fabricação de placa. Esta era visualmente perfeita, mas com QR code raspado para prejudicar leitura", disse o delegado Guilherme Sariam, da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos). Depois, essas pessoas vendiam ou mandavam para a fronteira esses veículos para carregamento de droga.
De acordo com a Polícia Civil, a investigação apontou que as placas falsas eram usadas em veículos envolvidos em diversos crimes, como furtos, roubos e adulterações. Os suspeitos presos faziam parte de um esquema que burlava o sistema de controle do Detran-MS.