Operação Finis Acitiones desencadeada na manhã dessa terça-feira (11/3) em Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, resultou em uma prisão em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e apreensões de vários itens.
Foram cumpridos dez mandados de busca contra grupo suspeito de contrabandear cigarros do Paraguai. Eles utilizavam Dourados como entreposto para a chegada dos produtos até o Estado vizinho ao Norte.
De acordo com balanço divulgado pela Polícia Federal, que realizou a ação em conjunto com a Receita Federal, também houve o sequestro de bens e de uma casa em nome dos investigados.
Durante os trabalhos, foram apreendidos 19 aparelhos de telefones celulares, um notebook, um rádio, 10 veículos de diversos modelos, cinco caixas de cigarros contrabandeados do Paraguai, 124 pneus e outras duas ‘bolas’ de pneus, também com registro ilegal de entrada no país, além de documentos, uma pistola, 28 munições calibre .380 e R$ 3,6 mil em cédulas.
A operação
Gráfico mostra detalhes da investigação - Arte/Receita Federal
Na manhã de hoje, a Receita Federal e a Polícia Federal deflagraram a Operação Finis Actiones. Ao todo, 10 mandados de busca e apreensão são cumpridos pelos agentes.
O Dourados News apurou que pelo menos uma dessas determinações judiciais foi realizada em comércio no município de Dourados.
De acordo com as investigações, o município é um dos locais utilizados pelo grupo para armazenar cigarros trazidos do país vizinho. As mercadorias eram colocadas em residências que serviam de entreposto e posteriormente encaminhadas para Cuiabá e Rondonópolis, cidades do Mato Grosso.
Na mesma operação, a PF e a Receita investigam ainda os crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Negócio familiar
Durante os trabalhos de apuração, os policiais descobriram que os envolvidos possuem vínculos próximos, e apontaram o fato como um “negócio familiar”.
“O líder tem como braço direito sua companheira, a qual prestava apoio logístico e atuaria esporadicamente como batedora de cargas. A mãe do líder do grupo foi usada para abertura de conta bancária, visando movimentar dinheiro em prol do grupo, e para ocultação dos bens adquiridos com os recursos ilícitos. Já o genitor do líder atuaria como gerente de uma loja, em nome de sua companheira, supostamente utilizada como entreposto pela Orcrim e para dissimular a origem da fonte da renda familiar”, diz nota encaminhada à imprensa.
Além de Dourados, Ponta Porã e Nova Alvorada do Sul estavam no ‘mapa’ do grupo com locais servindo de entreposto. A organização contava com motoristas e batedores contratados para as operações.
Os investigados dentro da operação poderão responder pelos crimes de Organização Criminosa, de contrabando e descaminho e de lavagem de dinheiro. Participaram da operação quatro auditores-fiscais e seis analistas tributários da Receita Federal e 40 policiais federais.