Quarta, 26 de Março de 2025
32°

Parcialmente nublado

Campo Grande, MS

Polícia Caiu de novo!

Ex-coordenador da Apae volta a ser preso por lavagem de dinheiro e desvio de R$ 8 milhões

As investigações ainda revelaram práticas de lavagem de dinheiro e obstrução da justiça

10/03/2025 às 11h33
Por: Redação Fonte: MPMS
Compartilhe:
Viaturas do Gaeco durante buscas nesta segunda-feira - Fotos: Divulgação
Viaturas do Gaeco durante buscas nesta segunda-feira - Fotos: Divulgação

O ex-coordenador da APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), Paulo Henrique Muleta Andrade, foi preso, nesta segunda-feira (10), na Operação Occulto, deflagrada pelo Ministério Público Estadual.

O Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da 29ª Promotoria de Justiça do Patrimônio Público de Campo Grande, com apoio do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC) e do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), deflagrou, nesta segunda-feira (10), a Operação Occulto, que tem como objetivo o cumprimento de um mandado de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande e Camapuã.

A investigação do MPMS revelou que, desde o ano de 2021, o ex-coordenador da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Campo Grande e terceiros investigados, utilizando-se de diversas empresas de fachada, simularam vendas de produtos para a rede pública de saúde e, assim agindo, desviaram o total apurado de R$ 8.066.745,25 do dinheiro público, repassado pela Secretaria de Estado de Saúde do Estado de Mato Grosso do Sul para fins de atender pacientes ostomizados. 

O aprofundamento das investigações revelou a continuidade da prática criminosa, com reiterados delitos de lavagem de dinheiro, meios pelos quais os investigados passaram a ocultar o destino do valor desviado dos cofres públicos.

Ainda, em grave escalada criminosa, foi identificada recente prática do crime de obstrução da justiça por parte de um dos investigados que, mesmo já submetido a medidas cautelares alternativas, deliberadamente buscou dificultar e embaraçar a ação penal, especialmente burlando ordem judicial de sequestro de bens ao afastar cerca de R$ 500 mil de seu alcance. 

Occulto, termo que dá nome à operação, faz referência às ações para ocultar o dinheiro desviado, e considera também o pedido de cidadania italiana feito pelo ex-coordenador da Apae, com pretensões de deixar o país.

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários
Ele1 - Criar site de notícias