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Campo Grande, MS

Polícia Crime no trânsito

Condutor de BMW que matou técnica de enfermagem no trânsito, na capital de MS, vai a júri popular em agosto

Ele responde por homicídio qualificado com emprego de perigo comum, recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime.

14/06/2021 às 10h09 Atualizada em 14/06/2021 às 10h10
Por: Fonte: G1 MS
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Moto ficou presa à BMW, que bateu no meio-fio e parou na calçada — Foto: PM/Divulgação
Moto ficou presa à BMW, que bateu no meio-fio e parou na calçada — Foto: PM/Divulgação

A Justiça de Mato Grosso do Sul marcou para 11 de agosto o júri popular do condutor da BMW que matou a técnica de enfermagem, Carla Jaqueline Miranda, de 40 anos, no dia 24 de janeiro deste ano, em Campo Grande. O julgamento será de forma presencial, com cumprimento de medidas de biossegurança. Cabe recurso à decisão.

Ele responde por homicídio qualificado com emprego de perigo comum, recurso que dificultou a defesa da vítima e para assegurar a impunidade de outro crime.

Colisão

Carla Jaqueline tinha acabado de sair da casa de uma amiga e voltava para a residência dela quando a BMW invadiu a pista que ela trafegava e a atingiu. Tudo aconteceu poucos minutos após ela ter falado com a filha pela última vez.

A técnica de enfermagem foi parar a 10 metros do ponto de impacto e a moto dela foi arrastada pelo carro, que só parou ao bater no meio-fio e subir na calçada.

O rapaz, que já tinha 47 passagens pela polícia, foi preso em flagrante. Além de confessar que bebia desde às 15h, o teste de alcoolemia dele apontou embriaguez.

Carla foi enterrada no dia em que a filha completaria 22 anos. Ela tinha ainda outros quatro filhos.

Carla Jaqueline trabalhava em hospitais particulares — Foto: Redes Sociais

Crimes

Para a acusação, o condutor acelerou o carro e invadiu a pista contrária, atingido a moto pilotada pela vítima, para não ser pego pela polícia pois estava dirigindo embriagado, que é um crime de trânsito. Além disso, não tem habilitação e o veículo estava com documentação irregular.

O MPE entende ainda que ao dirigir "embriagado, com velocidade excessiva, no sentido contrário ao fluxo de direção de via aberta ao passeio e ao tráfego público, realizando ultrapassagem proibida, colocou em risco número indeterminado de pessoas", gerando o perigo comum.

Já o recurso que dificultou a defesa da vítima é porque o condutor estava em desacordo com as normas de trânsito e atingiu a moto que trafegava corretamente pela via, sem que Carla "pudesse se esquivar do choque".

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